Servidores da Prefeitura de Ilhéus fazem nova paralisação de advertência

 

Servidores municipais, exceto os que são lotados na secretaria da Educação, realizaram nesta terça-feira (9) uma paralisação de advertência. A informação foi confirmada pelo titular da pasta, o secretário Benilson Veloso, que afirmou ainda que a paralisação teria sido motivada pelo atraso no pagamento dos salários referente ao mês de setembro.

 

Diante da falta de não ter sido assegurado um contingente mínimo de trabalhadores, já que a limpeza pública é um serviço essencial, o governo municipal informou, através do procurador-geral do Município, Luiz Carlos Nascimento, que o município adotará as medidas judiciais cabíveis contra a entidade que representa a categoria, o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Ilhéus (Sinsepi).

 

O procurador-geral Luiz Carlos do Nascimento ressaltou que o atraso no pagamento dos salários dos servidores é uma das consequências causadas pelos constantes bloqueios e sequestros e não pela desídia da Administração, e disse que o prefeito Newton Lima vem buscando todos os meios legais para efetuá-lo. “A gestão vem envidando todos os esforços possíveis para sanar essa crise financeira, inclusive junto à justiça, e não pode ficar refém de atitudes ilegais e antidemocráticas com essa praticada pelo Sinsepi”, conclui.

 

Alerta, o procurador-geral, que o atraso no pagamento dos salários dos servidores de carreira do Município é de apenas sete dias, ou seja, dois a mais do que preceitua a legislação e que as lideranças sindicais poderiam evitar o movimento grevista, já que têm amplo conhecimento do esforço empreendido para solucionar o atraso. “Desde o mês passado que o prefeito determinou que toda a arrecadação dos tributos municipais seja encaminhada diretamente para o pagamento dos salários dos servidores, o que vem sendo feito”, informou.

Explica, ainda, o procurador-geral, que todas as medidas jurídicas possíveis vêm sendo impetradas pelo Município, no sentido de evitar os contantes sequestros e bloqueios nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Estamos no aguardo de que a Justiça do Trabalho reconheça que esses sequestros estão causando uma lesão enorme nos servidores municipais que dependem dos seus salários para honrar seus compromissos, inclusive o de natureza alimentar, e determinar a cessação dos bloqueios e sequestros”, concluiu.